qua, 26 de maio de 2021

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse, nesta terça-feira (25), que o presidente Jair Bolsonaro está em seu “pior momento” e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por sua vez, está no melhor momento. Pesquisas recentes mostram Bolsonaro perdendo para o líder petista em uma eventual disputa eleitoral em 2022, e o parlamentar afirmou que “pesquisa eleitoral é retrato de momento”.

“Nós estamos numa complicação de vacina, uma ausência que se passou três meses sem o auxílio emergencial, com população mais carente privada. Então, na minha visão, rapidamente, o presidente Bolsonaro está no seu pior momento e o candidato e ex-presidente Lula está no seu melhor momento”, afirmou Lira durante a 22ª edição do CEO Conference Brasil, do BTG Pactual. Ele pontuou que “fazer uma análise de quem vai estar melhor ou pior daqui um ano, é muito relativo”. 
A última pesquisa Datafolha, divulgada no dia 12 de maio, mostrou que Lula tem 41% das intenções de voto no primeiro turno e Bolsonaro tem 23%. A pesquisa mostrou que no caso de um segundo turno entre os dois, Lula teria 55% dos votos contra 32% de Bolsonaro. Outra pesquisa, a PoderData, mostra os dois empatados tecnicamente no primeiro turno. Segundo dados levantados na pesquisa, divulgada também no dia 12, Bolsonaro perderia para Lula e para  apresentador Luciano Huck em um segundo turno.
Lira ainda disse não acreditar em uma terceira via. “Sinceramente não acredito. Não houve desde 1989″, disse, afirmando que sempre houve polarização e que a terceira via chegou mais perto nas eleições de 2014, com Marina Silva. “Na eleição, com a polarização que existe, eu não acredito em terceira via, porque os dois candidatos vão convergir para o centro, e o centro vai escolher qual o melhor dos dois para governar em 2022”, ressaltou.
O presidente da Câmara ainda disse que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin acertou quando anulou as condenações do ex-presidente Lula proferidas pela 13ª Vara Federal de Curitiba relacionadas a quatro ações da Lava-Jato (tríplex do Guarujá, sítio de Atibaia e duas relacionadas ao Instituto Lula). Lira é um crítico à Lava-Jato, e reiterou que houve excessos por parte da operação. Após a decisão de Fachin, o caso foi levado ao plenário e os ministros mantiveram a decisão do magistrado.