seg, 14 de outubro de 2019

A Praça São Pedro se encheu do verde e amarelo das bandeiras e das camisetas do Brasil. Milhares de brasileiros vieram à cerimônia de canonização da primeira santa nascida no Brasil, Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, conhecida como Irmã Dulce, na manhã deste domingo, dia 13 de outubro, no Vaticano.

Havia pessoas de todas as partes do país, mas os baianos eram maioria. As amigas Sílvia e Vera se sentem privilegiadas por terem convivido com a nova santa brasileira em Salvador. Logo que se formou, a farmacêutica Sílvia da Silva foi ao hospital de Irmã Dulce para oferecer seu trabalho voluntário. Foi recebida com muito carinho pela religiosa. “Eu não tenho palavras para definir Irmã Dulce. Ela era doce com todo mundo, delicada e, ao mesmo tempo, muito segura do que queria. Apesar da estatura pequena, era uma pessoa grande, enorme. Uma verdadeira santa”, afirmou Sílvia.

Para a contadora Vera de Andrade, que recebia as visitas de Irmã Dulce no colégio em que estudava o que mais a marcou foi ver que a santa não aceitava que pessoas morassem na rua. “Ela não deixava nenhum mendigo na rua. Saia por Salvador recolhendo os mais necessitados e os levando para tomar banho, comer e para tratar suas doenças. Era uma referência para todos nós”, explica Vera.

Para a família Interlando, que veio de Mato Grosso, os brasileiros estavam precisando de uma santa com uma biografia tão rica. “Os brasileiros necessitam deste exemplo de fé, de humanidade. Nós passamos por momentos muito difíceis no mundo e a história de Irmã Dulce nos mostra que com fé nós podermos fazer a diferença”, afirmou a advogada Rafaela Interlanda.

Hoje, o hospital criado pela santa em Salvador abriga um dos maiores complexos de saúde brasileiro com 100% dos atendimentos pelo SUS. São cerca de 3,5 milhões de procedimentos ambulatoriais por ano.

De CNBB